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Vazio de argumentos

Como referido no texto anterior, tenho um interesse renovado pela causa do ateísmo. Chamo-lhe causa porque parece evidente que temos de combater o mumbo jumbo que parece renascer numa era em que seria expectável, talvez, que a supertição e crendice fossem ultrapassadas. Nesse sentido, o ateísmo corre o risco de se tornar em algo que temos de “pregar”. Mas não temos de o “pregar” ou impingir, apenas zelar por uma sociedade laica e uma religião privada.  Sobre isto poderei extender-me noutro texto.

Dei por mim a debater sobre religião na plataforma pouco aconselhável que é o youtube. Perguntei a um fanático religioso, daqueles que cita a Bíblia como se fosse tão exacta como a tabela periódica, algo muito simples: concedendo que Jesus Cristo existiu, que ocorreram milagres, e que toda a informação da Bíblia é verdadeira, como é que isso prova que Deus, ou outra qualquer entidade sobrenatural, existe?

Fiquei sem resposta, e ao longo dos demasiados comentários que se seguiram apenas vi manobras de diversão escapatórias.

Assim ficam os teístas, segurando um saco vazio de argumentos.

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O ateísmo é considerado, pelos teístas, como uma total ausência de crença, um vazio, uma nuvem de nada. Os ateus seriam então seres desapaixonados, moralmente nulos, sem uma verdadeira razão para viver. Seres menos felizes e sem luz na sua vida, para usar uma expressão mística.

As assunções anteriores são obviamente um disparate.

Contudo, há ateus e ateus. Existem ateus que, como eu, simplesmente compreendem e aceitam o facto de que não existe qualquer entidade comummente designada por deus. Outros há que militam apaixonadamente na causa do ateísmo e combatem ferozmente todos as dimensões possíveis das crenças e das religiões.

Numa dimensão à parte está Cristopher Hitchens. Este autor fez-me redescobrir o interesse pela causa do ateísmo, pela militância contra a estupidez estupidificante da religião e pela necessidade de combater os embustes que a crença no divino potencia. E que vida rica e plena teve Hitchens. E o quão interessante é a sua obra literária, todos os registos vídeo e áudio dos inúmeros debates que teve com outros tantos inúmeros crentes. Sempre tão claro e incisivo, sempre um antídoto ao veneno da religião.

Hitchens fará parte das minhas leituras nas férias do Natal. E o quão delicioso será ler finalmente o seu “God is not great” nesta altura do ano.

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